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Diáspora Lab 2021 encerra atividades com afeto e incentivos ao desenvolvimento dos projetos

O programa de tutoria e assessoramento de projetos cinematográficos realizado pela plataforma Diáspora Conecta, Diáspora Lab, encerrou as atividades no último sábado (18) após duas semanas de trabalho intenso com os seis projetos de ficção e documentário selecionados neste ano.


Estiveram presentes os sócios-diretores da Produtora Portátil, Emerson Dindo e Leandro Santos, coordenadores do laboratório; as consultoras Paula Gomes (BRA), Xenia Rivery (CUB) e Tanya Valette (DO) e os roteiristas e produtores dos projetos Michel Carvalho, Caio Dornelas, Carla Francine, Yasser Socarrás, Sérgio Anansi, Tila Chitunda, Mannu Costa, Rodrigo Sousa & Sousa, Fran Camilo, Harry Oglive e Said Isaac.


Este ano o laboratório aconteceu de forma independente, mas contou com a parceria de algumas instituições nacionais e internacionais, como o Festival MiradasDoc, da Espanha, CHAVÓN - La Escuela de Diseño, da República Dominicana, e as plataformas Nordeste Lab e VídeoCamp, do Brasil.


“Foi preciso muita ousadia para que o Diáspora Lab acontecesse este ano. Não temos um cenário favorável, mas tivemos ousadia da equipe e das consultoras para fazer o laboratório acontecer”, destacou Leandro Santos durante sua fala no encerramento, que aconteceu via zoom, assim como toda a execução do lab.


Diáspora Lab 2021 encerrou as atividades após duas semanas de laboratório



AFETO


Caio Dornelas, roteirista do projeto de ficção “Diabos de Fernando”, bem como outros participantes, ressaltou a importância da humanidade do laboratório, em comparação com outros formatos de labs que participou.


“No Diáspora Lab, primeiro vem as pessoas, depois o projeto e em seguida os resultados. Quando a ordem é essa inevitavelmente as coisas acontecem da forma certa e o resultado vai estar impresso nas telas”, disse o roteirista.


Essa impressão que os participantes tiveram reflete o formato desenhado pelos coordenadores da plataforma para o laboratório, que possui uma condução mais intimista entre as consultoras e os profissionais, como destacou a consultora de produção de ficção Tanya Valette (DO).


“Foi um orgulho estar com todos no processo de busca que, para mim, soa mais uma busca da forma, pois as ideias estavam muito claras. Por isso, este também é um espaço coletivo, para que todos se conheçam e possam colaborar uns com os outros”, afirmou.


 

INCENTIVOS


Como anunciado, foram concedidos alguns incentivos de apoio ao desenvolvimento dos projetos durante o encerramento do Diáspora Lab 2021.


Estavam previstos o incentivo MiradasAfro, que levará um dos projetos de documentário para participar de uma incubadora cujo principal objetivo é o desenvolvimento de documentários criativos na região do Caribe e nos países africanos de língua portuguesa e espanhola; o incentivo Diáspora, que dará o valor de dez mil reais a um dos projetos; e o incentivo Chavón, que irá oferecer duas vagas em uma imersão na República Dominicana com a cineasta Marta Andreu.


Os contemplados com os incentivos do Diáspora Lab 2021 foram: A roteirista Tila Chitunda e a produtora Mannu Costa do projeto de documentário “Conexão Brasil-Montreux”, com incentivo MiradasAfro.


A roteirista Tila Chitunda (esq) e produtora Mannu Costa receberam o incentivo MiradasAfro


"Muita felicidade. Esse é meu primeiro laboratório do meu primeiro projeto de longa, então está sendo muito importante. Reverbero aquilo que os outros disseram, o Diáspora Lab foi um espaço de empatia e acolhimento. Por isso que, para mim, foi uma experiência que potencializou o projeto e o meu olhar, que é o grande trunfo. Saio daqui mais segura", disse Tila.

O roteirista Harry Oglive e o produtor Said Isaac do projeto de documentário “BABA”, receberam o incentivo Chavón. “Acho que a película pode crescer muito ainda. Estou muito feliz pelo incentivo”, afirmou Said.


O roteirista Harry Oglive e produtor Saide Isaac receberam o incentivo Chavón


E o roteirista Yasser Socarrás e o produtor Sergio Anansi do projeto de ficção “Memórias do Olvido” que, além de receberem o incentivo Chavón, também receberam o incentivo Diáspora como estímulo ao desenvolvimento narrativo.


“Pensamos que este projeto precisa desse incentivo tanto por conta do seu percurso dentro do lab, quanto por ser um projeto de grande potencial e que agora precisa de um impulso financeiro para avançar”, argumentou a consultora Xenia Rivery (CUB) ao anunciar o incentivo Diáspora.


O roteirista Yasser Socarrás (esq) e produtor Sergio Anansi receberam o incentivo Chavón e incentivo Diáspora


“Gratidão é uma palavra que nos acolhe agora. Quero agradecer pela generosidade que veio desde o momento que chegamos aqui. Para nós é uma ponte gigantesca essa oportunidade”, falou emocionado o produtor Sergio Anansi.

E para finalizar com chave de ouro a 3ª edição do Diáspora Lab, Emerson Dindo deixou uma mensagem inspiradora a partir de um trecho do livro O alegre canto da perdiz (2008), da escritora moçambicana Paulina Chiziane, que diz o seguinte:


Vou já até lá. A pé.

É longe! Para lá chegar terás que vencer o mar.

Onde há um desejo, há um caminho. Chegarei. A minha vida será essa a partir de hoje. O descobrimento do caminho para lá chegar.


Continuemos então no caminho das descobertas de grandes pessoas e, com elas, grandes histórias. Até o próximo ano e, dessa vez, esperamos que presencialmente à beira do Rio Paraguaçu.


Axé.


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